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terça-feira, 22 de outubro de 2013

Musica de final de semana (+playlist)


domingo, 15 de setembro de 2013

Sequencia didática: Parlenda


Tempo: 5 aulas

1-      Questionar as crianças so bre o entendimento do que é  parlenda.

2-      Recitar uma das brincadeiras que as crianças costumam fazer durante o recreio. Era meia noite...

3-      Informar ás crianças que essa brincadeira faz parte do folclore e é chamada de parlenda. Que esse tipo de brincadeira não tem autor, mas vai passando de boca em boca.

4-      Recorrer ao livro: Parlenda para que as crianças compreendam que esse tipo de brincadeira existem  em diversos países do mundo.

5-      Cantar uma parlenda em francês: “Une pule suor le mour, elle picote di padin ,picoti, picolá, elle san vá”.

6-      Tradução: “Uma galinha em cima do muro, ela picota um pedaço de pão, picota aqui, picota lá. Ela se vai”.

7-      Convidar o grupo a  demonstrar algumas parlendas para a turma.

8-      Realizar votação para escolher a parlenda que mais gostaram;

9-      Pedir que as crianças ditem para que a professora escreva no quadro.

10-   Pedir que algumas crianças identifiquem palavras e frases escritas no quadro.

11-   A criança que apresentou a parlenda ensinará a todo o grupo como se faz a coreografia.

12-   Apagar a parlenda do quadro, para que cada um realize a escrita espontânea.

13-   Trazer  a parlenda “Hoje é domingo” em duas ou mais versões (que as crianças conhecem).

14-   Realizar a leitura, de palavras e frases.

15-   Destacar as palavras recorrentes nas parlendas

16-   Destacar as palavras que rimam.

17-   Recitar a parlenda.

18-   Convidar o grupo a criar outras parlendas utilizando os outros dias da semana.

19-   Divir a classe em três grupos pela manha que  ficará responsáveis por criar parlendas para os três primeiros dias da semana e o da tarde para os três últimos.

20-   As crianças deverão ditar enquanto a professora será a escriba.

21-   Cada criança deverá escrever espontaneamente a parlenda que mais gostou.

22-   Trocar  as parlendas (digitadas) para que cada turno se aproprie através da leitura do texto do outro, ilustrando-os à medida que tome posse do conteúdo.

23-   Cada turno se organizará para fazer uma coreografia da parlenda do turno contrário  e farão uma demonstração paras turmas do 1º ano.

24-   Retomar a parlenda em francês,

25-   Escrita do texto para que ilustrem,

26-   Ensinar a tradução para que as crianças escrevam observando ilustração prévia. (escrita espontânea).

27-   Pedir que coreografem a parlenda;

RELEITURA DA PARLENDA HOJE É DOMINGO


 
HOJE É SEGUNDA.
PÉ DE QUIZUMBA.
FESTA ANIMADA,
COMI FEIJOADA,
FEIJOADA QUENTE,
QUEIMOU MEU DENTE.
DENTE DOEU
O AZAR FOI MEU!
 





 
 
HOJE É TERÇA,
CAÍ DE CABEÇA.
CABEÇA DE OSSO,
CAÍ NO POÇO.
POUÇO É FUNDO,
ACABOU-SE O MUNDO.

 

 


 HOJE É QUARTA.
PÉ DE LATA,
LATA LILÁS,
CAÍ PARA TRÁS.
 
 
 
 
 
 

 

 
 
HOJE É QUINTA,
PÉ DE TINTA.
TINTA AZUL,
CAIU NO URUBU,
URUBU É FEIO,
CAIU NO BANHEIRO,
BANHEIRO MOLHADO
URUBU ENCHARCADO.

 
 


 
HOJE É SEXTA.
A GENTE NÃO É BESTA.
BURRO É BESTA
CAIU NA CESTA
CESTA PARTIU
BURRO CAIU
DURO É O CHÃO
FOI DIRETO PRO CAIXÃO .

HOJE É SÁBADO,
PÉ DE MERCADO
MERCADO ABRIU
CARANGUEJO FUGIU
ENCONTROU UMA MULHER,
MORDEU SEU PÉ.
 
 
 


Resultado de uma sequencia didática desenvolvida no mês de agosto com turmas do 3º ano.


 




 


 



 

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Outra versão da fábula de Esopo

Fábula A cobra coral, a tartaruga e a lagartixinha

Vivia uma lagartixa com sua filha lagartixinha dentro de um porão.

Um dia a lagartixinha foi para a rua encontrar umas amigas. Quando estava com as amigas conversando, apareceu uma cobra coral, só a lagartixinha viu a cobra e pensou em como ela era bonita, colorida e que talvez pudessem ser amigas. Do outro lado da rua , passou uma tartaruga. A lagartixa achou-a feia, cascuda e lenta.

Chegando em casa, contou para a mãe que encontrou uma cobra coral e uma tartaruga. Contou que queria fazer amizade com a cobra, e que não gostou da tartaruga.

A mãe falou: - Filha a cobra é muito perigosa, se ela tivesse lhe picado, você poderia morrer, já a tartaruga é inofensiva.

Moral: jamais confie nas aparências

Texto coletivo do 3º ano turma A

Baseada na fábula de Esopo: O gato, o galo e o ratinho.

 

Recriação de uma fábula de Esopo

O jacaré, o veado e a vaquinha.

Uma vaquinha morava com a mãe num pasto.

Um dia a vaquinha pediu à mãe para passear. A mãe deixou. Ela saiu, andou e brincou muito.

Cansada parou para beber água num laguinho, quando viu um jacaré e pensou: -"Que bicho bonito, que couro lindo, que cauda grande, que olhos graúdos e que dentes enormes!"

Na outra margem viu outro bicho. Era um veado. Ela pensou: "Que bicho apavorante, que chifres esquisitos, como é feio!"

Ficou tarde e a mãe veio chama-la. Tomou um susto quando a vaquinha contou o que havia pensado.

- Filha? - disse a mãe - o jacaré não serve para amigo, ele pode devorá-la. Mas o veado só come folhas.

Moral: jamais confie nas aparências

Texto coletivo do 3º ano turma B

Baseada na fábula de Esopo: O gato, o galo e o ratinho.



quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Alfabestizar Salvador



Estamos diante de uma explicita tentativa de privatização do ensino público em Salvador.
Tal privatização sob o nome de Alfa e Beto, modelo de ensino pautado no autoritarismo didático, aonde os conteúdos são algemados em cadernos e manuais que não permitem ao professor o exercício de sua autonomia e criatividade.  Este modelo descaracteriza a educação fundamental, com anulação do professor e apagamento do aluno, transformando o primeiro em meros executores “vigiados” de manuais. Ao segundo cabe o papel de repetidores de lições pré-estabelecidas.  Nesse sentido, muitas das atividades se voltam exclusivamente para a técnica da escrita com pouca ênfase nas atividades de compreensão dos textos com função social.
O Estatuto do Servidor do Magistério Público do Município do Salvador, no capítulo II art. 3º preconiza que: Constituem preceitos éticos próprios do Magistério:
VI - o exercício de práticas democráticas que possibilitem o preparo do cidadão para a efetiva participação na vida da comunidade, contribuindo para o fortalecimento da autonomia municipal e da soberania e unidade nacional;
VII - o desenvolvimento do conhecimento, das habilidades e da capacidade reflexiva e crítica dos alunos;
Como cumprir tais preceitos se o modelo que nos está sendo imposto traz no seu bojo:
Conteúdos tipicamente escolares se confundem com o processo de alfabetização, não se consolidando em práticas sociais de leitura e escrita;
No primeiro ano, as atividades estão voltadas para o reconhecimento dos fonemas, qualificados de barulhos;
Afirma que estimula a leitura fluente, contudo, não se trata de um processo de domínio do código escrito, mas sim da memorização de texto, devido à repetição.
Raquel Meister Ko. Freitag, mestranda em educação da UFT afirma em sua tese de mestrado: “Não é tarefa fácil fazer com que os professores falem aberta e sinceramente sobre o que pensam a respeito dos programas, dos resultados e dos encaminhamentos; sabemos que por trás da adoção de um programa educacional estão comissões e cargos comissionados. Aquele que vai contra o sistema acaba sendo excluído, daí o risco em opinar sobre tão polêmico assunto. E toda a máquina trabalha contra o professor. A perda da autonomia da direção em relação ao que toca aos programas, bem como a atuação extremamente próxima da supervisão faz com que a voz e opinião do professor sejam sufocadas no processo. Como ser criativo se o programa vem pronto, fechado, se nem as avaliações são planejadas pelo professor? A adoção do programa o amordaça e isso não é benéfico para o processo do aluno. Talvez esse programa tenha ganhado o espaço que têm hoje porque os problemas na formação de professores de séries iniciais no Brasil são uma triste realidade”.
(...) “O imperativo econômico, sem dúvida, é o vilão da educação. Para que investir em estudos sociolinguísticos regionais para o ensino de língua materna, já que é muito mais barato fazer material único, planificado, genérico, impondo uma variedade linguística em detrimento das demais. Daí a importância de professores nas séries iniciais bem formados, com uma base linguística sólida, conhecimentos sociolinguísticos e que sejam estimulados a pensar em soluções locais para problemas globais?”. (Revista do Curso de Mestrado em Ensino de Língua e Literatura da UFT – nº 1 – 2010/II).

Em entrevista à revista VEJA o Presidente do Instituto Alfa e Beto, João Batista Araujo e Oliveira afirma que “as escolas e as secretarias de Educação estão povoadas de pedagogos, e não de gestores”. Num outro parágrafo afirma que “o que falta ao Brasil é um ensino estruturado” ou, o Alfa e Beto. (Grifo meu).
Na mesma entrevista afirma: “Desde 1995, o salário do professor quintuplicou no Brasil, mas não houve avanço no desempenho do ensino. Então, aumentar uma variável só não vai mexer no resultado. A equação é mais complexa. Além disso, 10% é uma cifra descabida do ponto de vista da macroeconomia”.
Cabem aqui algumas perguntas: Qual era o salário do professor de Salvador em 1995? Quintuplicou em cima do que?
Em outro momento da entrevista com a certeza de quem conhece todas as Unidades Escolares do Brasil completa: “As escolas têm um punhado de papéis reunidos sob o nome de “proposta político-pedagógica”, seja lá o que isso queira dizer: começa com uma frase do Paulo Freire e termina citando Rubem Alves”.
A despeito da ironia evidente nas palavras do entrevistado, não posso deixar de citar o mestre Paulo Freire (1967 p.83): “Para o educador dialógico, problematizador, o conteúdo programático educacional, não é uma doação ou uma imposição ou ainda um conjunto de informes a serem depositados no educandos, mas a devolução organizada, sistematizada e acrescentada ao povo, daqueles elementos  que ele  lhe entregou de forma desestruturada. A educação autêntica repitamos não se faz de A para B  ou de A sobre B, mas de A com B , midiatizados pelo mundo. Freire ainda afirma que alfabetizar não pode ser um ato puramente mecânico, ou seja, aprender a  decodificar sinais  mais sim relacionado com a prática da vida.
Um texto publicado no Boletim Informativo Nº 1 da revista da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro (Julho 1989) bem reflete o que pretende a atual proposta de ensino da SME de Salvador:
Receita de Alfabetização
Pegue uma criança de 6 anos, e lave-a bem. Enxague com cuidado, enrole-a num uniforme e coloque-a sentadinha na sala de aula. Nas oito primeiras semanas alimente-as com exercícios de prontidão. Na nona ponha uma cartilha em suas mãos. Abra a boca das crianças e faça com que engula as vogais. Quando estiverem digeridas as vogais, mande mastigar uma a uma as palavras da cartilha. Cada palavra deve ser mastigada no mínimo 60 vezes. Se tiver dificuldade de engolir separe as palavras em pedacinhos. Mantenha as crianças em banho-maria durante quatro meses fazendo exercícios de cópia. Em seguida faça com que engula algumas frases inteiras. Mexa com cuidado para não embolar. Ao fim do oitavo mês espete a criança com um palito isto é, aplicando-lhe uma prova para verificar se ela devolve pelo menos 70% das palavras e frases engolidas. Se isso acontecer considere a criança alfabetizada. Se a criança não devolver o que lhe foi dado para engolir, recomece a receita desde o início, isto é volte aos exercícios de prontidão. Repita a receita.
A existência de problemas estruturais na educação de Salvador é inegável. Vão desde a precariedade da formação docente, à forma como são realizados os concursos públicos para preenchimento das vagas existentes (sem atividades práticas), suas substituições durante as longas ausências, quando são admitidos os estagiários (as) sem nenhum preparo anterior, a fragilidade do acompanhamento sistematizado ao trabalho docente e da coordenação pedagógica, a falta de condições, mínimas, de estrtura para o funcionamento da maioria das Unidades Escolares, a inadequação dos mobiliários usados pelos estudantes, que se desmancham como se fossem de papel, colocando em risco a integridade física das crianças, o número de estudantes por turma, a desassistência aos estudantes portadores de necessidades especiais, a falta de compromisso por parte de muitos professores, gestores e coordenadores pedagógicos, a ausência de um mecanismo de investigação eficaz, aplicados aos profissionais que são devolvidos à Secretaria de Educação, porquanto são removidos para outras escolas sem ter sido submetido (a) a um tratamento especializado para mudança de hábitos e atitudes ou são convidados a se aposentarem, levando consigo a falta de compromisso profissional, a desonestidade, falta de preceitos éticos, de conhecimento básicos sobre o quê ensinar. Eles passam de escola em escola, compartilhando suas mazelas, abortando sonhos, traumatizando e empobrecendo educacionalmente as crianças que tem a desventura de cruzar seus caminhos.
Não creio que seja o ensino estruturado, nos moldes que está sendo imposto aos maus professores, mas principalmente aos bons educadores (felizmente a maioria), que vai dar conta de todas estas questões, não acredito que transformar bons profissionais, criativos, comprometidos e humanos em meros repetidores de receita vá dá conta das moléstias instaladas no ensino público de Salvador, creio menos ainda numa busca de solução calcada na acusação desmedida, tornando os pedagogos algozes da educação.
Etimológicamente pedagogo significa: preceptor, mestre, guia aquele que conduz. Deste modo a autoridade do pedagogo não pode ser confiada a outro profissional, por possuir campo de estudo, identidade e problemática própria, investido de um papel reflexivo, investigativo da ação educativa e, por conseguinte cientifico.
Finalizo com um texto da professora Isabel Alarcão: (...) Quero uma comunidade, dotada de pensamento e vida própria, contextualizada na cultura local e integrada no contexto nacional e global mais abrangente. Não quero pois uma escola  burocratizada que seja uma mera delegação ministerial. Desejo assim uma escola que conceba projetos, atue e reflita em vez de uma escola que apenas executa o que os outros pensaram para ela. (...) Alarcão Isabel- Professores Reflexivos em uma Escola Reflexiva- Cortez – p. 89.

Estou de volta

Não tenho postado no blog pois estava em férias, e como o que posto tem a ver com o meu fazer pedagógico,preferi dar férias ao blog também.
Agora estou de volta e com a corda toda.