Acompanhei a turma no ano seguinte, algumas crianças mudaram de escola por isso outras passaram a fazer parte do grupo. Algumas em idade regular outras, repetentes e mais três do Projeto de lar substituto. A base do grupo continuava a mesma e as relações fortalecidas no ano anterior, algumas vezes sofriam avarias por conta de novos comportamentos.
Combinei com a turma que, quem já estava precisava explicar aos novos como é que a turma funcionava, e como era o trabalho e a avaliação. A menina que escreveu a carta do projeto Escola Cidadã se ofereceu para as explicações. Organizamo-nos em plenária e ela falou, sendo ajudada pelos colegas ou questionada por mim quando necessário.
Duas crianças em especial apresentavam comportamento destoante, creio que o seu histórico de rejeição gerava a necessidade de dominação para se fazer respeitar.
Nesse ano desenvolvemos um projeto de matemática. Montamos dentro da escola um supermercado.
A construção de um projeto dessa magnitude não pode se dar desvinculado da participação direta da família, pois alguns produtos (a maioria) eram de verdade e faziam parte da cesta básica. A família doou alguns itens e comprou-os de volta. A maioria foi objeto de doação das professoras, de minha família e amigos.