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sábado, 22 de outubro de 2011

PROJETO SUPERMERCADO

Acompanhei a turma no ano seguinte, algumas crianças mudaram de escola por isso outras passaram a fazer parte do grupo. Algumas em idade regular outras, repetentes e mais três do Projeto de lar substituto. A base do grupo continuava a mesma e as relações fortalecidas no ano anterior, algumas vezes sofriam avarias por conta de novos comportamentos.
Combinei com a turma que, quem já estava precisava explicar aos novos como é que a turma funcionava, e como era o trabalho e a avaliação. A menina que escreveu a carta do projeto Escola Cidadã se ofereceu para as explicações. Organizamo-nos em plenária e ela falou, sendo ajudada pelos colegas ou questionada por mim quando necessário.
Duas crianças em especial apresentavam comportamento destoante, creio que o seu histórico de rejeição gerava a necessidade de dominação para se fazer respeitar.
Nesse ano desenvolvemos um projeto de matemática. Montamos dentro da escola um supermercado.



A construção de um projeto dessa magnitude não pode se dar desvinculado da participação direta da família, pois alguns produtos (a maioria) eram de verdade e faziam parte da cesta básica. A família doou alguns itens e comprou-os de volta. A maioria foi objeto de doação das professoras, de minha família e amigos.

A experiência com o projeto do supermercado motivou as crianças a quererem mais projetos voltados para o conhecimento matemático realizamos então, o Projeto Leilão de Brinquedos, parte adquiridos com os recursos do supermercado e parte doados pelos meus familiares. Considerando o distanciamento das crianças com essa experiência social, a s etapas do projeto demandaram muitas leituras. 

PROJETO ESCOLA CIDADÃ









sexta-feira, 21 de outubro de 2011

PROJETO ESCOLA CIDADÃ





Algumas idéias para o trabalho vinham do próprio grupo. Recebi uma carta de uma estudante que falava sobre a violência na escola.
Algumas situações favoreciam a falta de disciplina e a violência, dentre elas a ausência de um regimento deixava a escola sem mecanismos para agir disciplinarmente, quer com as crianças quer com as famílias. Os atrasos das crianças que vinham acompanhadas eram constantes bem como as ausências e as discussões (brigas) entre os familiares na entrada da escola. Com exemplos como este o que esperar das crianças?
A carta foi lida para o grupo, e decidimos que precisávamos fazer algo a respeito, assim nasceu o projeto Escola Cidadã, destacado como uma experiência bem sucedida naquele ano e abraçada por toda unidade escolar, pois as discussões envolveram todos na escola, crianças e adultos. O resultado desse projeto se fez através da construção coletiva do Regimento Escolar e do Hino da escola, pelos estudantes da turma da 2ª série.



 HINO DA ESCOLA CID PASSOS

NO SUBÚRBIO NASCEU CID PASSOS
FILHO HUMILDE DE FERROVIÁIRIO
COM TRABALHO CRIOU MAIS EMPRESAS
DANDO EMPREGO AOS DESEMPREGADOS (BIS)

O SEU NOME BATIZA NOSSA ESCOLA
LUGAR DE ESTUDO AMOR E ALEGRIA
FELICIDADE É O NOSSO DESTINO
TRABALHANDO COM PAZ E HARMONIA (BIS)

NOSSA ESCOLA TÃO BELA E BOA
LUGAR QUE AMO DE CORAÇÃO
BANHADA PELO MAR
EU TE AMO E PRA SEMPRE VOU TE AMAR (BIS)





APRESENTAÇÃO DO PROJETO

PROJETO DE VIDA COTIDIANA

Tínhamos ainda um projeto de vida cotidiana, que consistia em visitas quinzenais ás casas dos colegas, principalmente os que faltavam frequentemente. Acredito muito no estreitamento dos laços entre a família e a escola, como possibilidade de ampliação das responsabilidades e estreitamento dos laços afetivos entre as crianças.  A turma passou a ser reconhecida na escola pela união e solidariedade entre as partes. A compreensão da coordenadora (Diretora) da escola e a contribuição das mães foram decisivas para o sucesso do projeto, pois avisávamos por meio de bilhete escrito pelo grupo o dia e a hora da visita e éramos recebidos com lanchinhos e muito carinho. É claro que a perfeição não existe, e algumas famílias não puderam nos receber.  A dinâmica do  projeto tornava o grupo cada dia mais autônomo e crítico.           
                                      


terça-feira, 18 de outubro de 2011

QUEM ME ENSINOU A NADAR

MINHA QUERIDA PROFESSORA CONCEIÇÃO DIAMANTINO
                                       


TRAÇOS DE LEITURA

Traço,  nem sempre com palavras,
traços que indicam uma estrada.
Traço,  e na escrita do meu texto,
 há registros incontestes de um contexto.

Traço na minha memória,    
traços de toda  uma história.
Traço,  na minha  gramática,
registro  uma vida tão dramática.

Quando
                     Fores
Capaz
                 de 

REL
            histórias

  nos traços que faço, 
Ai então direi:

- Estais alfabetizado

Para ,
              ter ,
   ler,
              ser,
ver,

         conhecer,

  e  viver.

 Seus próprios traços.  
1998

CONTINUAR NAVEGANDO É PRECISO

 A Escola do Lobato foi desativada e os professores foram distribuídos para outras Unidades. Fui para a Escola Cid Passos no Bairro de Coutos, assim como a primeira, no Subúrbio Ferroviário. A escola tinha uma localização linda, banhada pelo mar com uma lagoa de água salgada bem na frente. Um dos grupos mais interessantes com o qual trabalhei era de 1ª série, formado por crianças com histórico de repetência e expulsão de outras escolas, abandono familiar. Parte das crianças era adotada por um projeto de lares substitutos, e apesar do bom tratamento e do conforto recebido nesses lares, traziam marcas claras do abandono que os tinha vitimado.
Para trabalhar com esse grupo tive que recorrer a diversas estratégias, pois os estudantes em idade regular eram pequenos e com poucas experiências acerca das dificuldades da vida, enquanto os outros traziam as decepções e traumas acumulados em suas vidas.

Descobri logo no diagnóstico que as crianças maiores gostavam de atividades concretas e os menores estavam ainda envolvidos no mundo do “faz de contas”. A característica mais marcante do grupo era a inquietação. Às vezes a sala parecia uma grande “bagunça”, o que atrapalhava as outras turmas. Nesse sentido juntamente com a coordenadora passei a pensar em projetos que dessem conta dos das peculiaridades do grupo, garantindo a aprendizagem. Como resposta o primeiro projeto que desenvolvemos denominava-se: Conhecendo os moradores da lagoa

Esse projeto, tendo como fios condutores a leitura e a escrita, além de possibilitar um estudo biológico do habitat de alguns animais, possibilitou-nos também conhecer os habitantes mais antigos do entorno da escola e suas histórias de vida.
O projeto seguinte teve como base histórias orais que fazem parte da  cultura popular, quando as crianças criaram o empreendimento: Peça de teatro: O MENINO E A COCA E ANINHA E O PRINCIPE.
Transpor os textos orais para a linguagem escrita foi algo que demandou amplas experiências para o grupo, possibilitando-os a apropriação de marcadores textuais exclusivos da linguagem escrita convencional.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

TEMPO PRECISO








O TEMPO CORRE...
É PRECISO REFLETIR
O TEMPO URGE...
É PRECISO DESCOBRIR.
O TEMPO PASSA...
É PRECISO CONQUISTAR O DIREITO DO SABER.
O TEMPO...
É CURTO PARA QUEM QUER SABER FAZER.
MAS O TEMPO...
NÃO TERÁ LIMITE,
NÃO CORRERÁ
NÃO PASSARÁ...
PARA QUEM SE PERMITE TENTAR.

1997